Purcino entrevista Cristina Franco – Vice Presidente da ABF – Programa Caminhos de Sucesso

Vamos apresentar hoje uma resenha da entrevista de Cristina Franco, vice-presidente da ABF – Associação Brasileira de Franchising, que foi ao ar no dia 12/05, transmitida ao vivo pela ClicTv – Conteúdo UOL.

O vídeo desta entrevista pode ser encontrado seguindo o link   http://mais.uol.com.br/view/12766751 

Quem é Cristina Franco

Fundadora da BIT Company, é formada em Serviço Social pela PUC – SP. Possui curso de extensão universitária em Gestão de RH pela FGV e MBA em Varejo e Franchising pela FIA.

Em 2010, com a aquisição da BIT Company pela Multi Holding, assumiu a Diretoria de Relações Governamentais da Holding.

É vice-presidente da ABF, Associação Brasileira de Franchising, desde janeiro de 2011, após ocupar o cargo de presidente da Comissão de Ética por seis anos.

A infância

Cristina nos conta detalhes de sua infância, quando fundou clube de meninas nos fundos de casa que cujas sócias tinham que pagar para participar. Ela teve uma infância muito linda, colorida, cheia de energia. Seu pai foi jogador de futebol, centroavante que jogou em vários clubes do interior.

Com 5 anos de idade começou a nadar no Palestra Esporte Clube de São José do Rio Preto, quando aprendeu a responsabilidade do planejamento, foco, treinamento, pois na natação não se pode vencer sem um controle total de suas ações e de seus pensamentos durante a prova. Foi ai que aprendeu a ter o autocontrole em qualquer tipo de situação. Conseguiu muitas vitórias, foi medalhista, e com as adversidades exercitou o seu psicológico. Entende que a natação fez com que ela aprendesse a lidar com as vitórias e as derrotas, assim como com as competições de alto nível.

Faculdade

Fez Serviço Social na PUC, vivenciou os momentos de movimentos estudantis e conseguiu com isso aprender muito sobre os valores sociais, foi presidente de centro acadêmico, onde inclusive aprimorou seu gosto pela leitura e aprimorou a oratória.

Trabalho no mundo corporativo

Começou na Lorenzetti e depois foi trabalhar em uma multinacional inglesa onde aprendeu muito na carreira de RH, reportando diretamente ao presidente da empresa. Participou do processo de reengenharia da empresa, trabalhando muito próxima ao comitê diretivo da empresa.

Fundou com a empresa multinacional uma escola de profissionalização na Móoca, antes de iniciar o empreendimento da Bit Company.

Bit Company

A Bit Company começa como uma escola de informática sem a formatação de franquia, como uma escola única e, em 1994 resolveu-se criar o modelo de franquia. Isso porque qualquer tipo de investimento tornava-se inviável devido aos altos valores dos equipamentos. Coincidentemente em 1994 cria-se uma lei sobre franquias e surge a feira de franchising, quando os sócios decidem consolidar o modelo de franquia para a sua empresa.

Participação na gestão da ABF na área de Ética

Começou participando de todas as reuniões, seminários, convenções da ABF, não só como ouvinte mas também, junto com seus sócios, aportando com ideias e ações efetivas, quando foi convidada pelos Srs. Ricardo Camargo (Diretor Executivo)  e Pedro Melo (Presidente da Comissão de Ética na época), para participar da Comissão de Ética da Associação.

Essa comissão tem como objetivo zelar pelas boas práticas do franchising no Brasil, a conduta do franchising no Brasil, zelando pelo relacionamento do franqueador com a associação, do franqueador com o franqueado, do franqueado com o franqueador.

Discutem-se possíveis conflitos, pontuando um caminho de consenso, evitando colisões entre as partes, entendendo todos os players como participantes de um mesmo time.

Vice-presidência na ABF

Hoje, Cristina Franco representa o franchise brasileiro no mundo onde é reconhecido como um modelo para o mundo, recebendo missões de outros países e também visitando países levando nosso conhecimento para trazer investimentos para o país.

O franchise hoje é um canal de varejo muito forte, tradicional, de características continentais, isso devido também ao tamanho do nosso país.

Perfil do crescimento do franchise nas redes de distribuição das industrias

Perguntada sobre a tendência das indústrias em diversificarem suas redes de distribuição para o modelo de franquia, Cristina Franco comentou que sim, isso é uma tendência notória, em todos os seus setores, seja na indústria fabril, alimentos, bebidas, financeira, saúde, fazendo uma comunicação direta entre o fabricante e o distribuidor e consumidor final.

Essa tendência já consolidada tem como exemplo a rede de loja das Havaianas, a M.Martan, a AMBEV entre outras.

Crescimento da franquia no Brasil

Confirma Cristina Franco que o franchise veio para ficar, transformando-se em um canal consolidado de distribuição no país, e que a dez anos cresce consistentemente. Nos últimos sete anos vem crescendo a um nível de dois dígitos. Como exemplo, Cristina cita que de 2010 a 2011 o franchise cresceu 21%. O crescimento é inclusive superior ao crescimento da China.

Perguntada sobre a importância da micro franquia neste processo de crescimento, Cristina Franco comentou que existe sim uma tendência que a ABF acompanha e tem uma diretoria específica para cuidar do tema. Isso está muito vinculado com o crescimento da classe média, que trouxe uma gama de consumidores que busca a formalidade do negócio de baixo investimento inicial, que possa trazer quem tem um capital inicial menor ao mundo do franchise.

Perfil dos franqueados no Brasil.

Foi comentado o balanço feito pela consultoria Franchise Store que 81% das pessoas que buscam entrar no negócio da franquia têm entre 21 e 40 anos, sendo que 45% estão na faixa dos 30 anos. Perguntei a ela se essa é uma tendência do público jovem.

Cristina comentou que o jovem da geração Y tem sede de ser, de ter, que querer ser dono do seu próprio negócio. Para esses empreendedores o franchise é um canal interessante e uma opção segura.

Enquanto o índice de mortalidade de empresas abertas de forma independente, segundo o SEBRAE, é maior de 80% em 5 anos de existência das empresas, exatamente pela falta de estrutura, planejamento, conhecimento de gestão em todas as áreas de administração do negócio. No franchise esse índice de mortalidade não passa dos 2%

Erros a serem evitados pelo franqueado

a) Saiba que tem muito trabalho como empreendedor ao fazer opção por uma marca de franquia.

b) Ter um capital inicial que permita o franqueado a ter capacidade de seguir o plano de negócio apresentado, sem ter riscos de não suportar os primeiros meses do investimento. Adeque o seu desejo de empreender a um negócio que caiba no seu bolso.

c) Separar muito bem a contabilidade do negócio e da família.

d) Entenda o que é o franchise. As regras são claras. O novo franqueado tem que entender os padrões a serem seguidos, entender que existem taxas, royalties, fundo de marketing, taxa de administração, padronização de layout de marca, propaganda estabelecida pela fundo nacional.

e) Busque fazer um negócio com o qual você se identifique. Muitos enxergam o investimento como um processo de curto prazo, o que é um erro, pois trata-se de um momento de mudança de vida, um ato de médio e longo prazo.

Academia do Franchising

A Academia é aberta ao público em geral que atua no segmento, devido a preocupação da ABF com a formação de todos os envolvidos no sistema, desde o franqueador até o colaborador do franqueado.

A profissionalização é necessária, pois o franchise já representa hoje 2,1% do PIB nacional. Existem cursos importantes de formação de executivos, colaboradores, franqueados e franqueadores.

Selo de Excelência do Franchise

O Selo de Excelência é a outorga dada ao franqueador pela sua própria rede, ou seja, pelos seus franqueados, onde se avaliam premissas como compras, marketing, crescimento da rede, fechamento de franquias ou não, premissas de treinamento, suporte operacional. Das mais de 1.100 marcas associadas, pouco mais de 10% dos associados já receberam o Selo de Excelencia.

Os sete pecados capitais

É uma série desenvolvida dentro franchise pelo Sr. Pedro Melo e pelo Marcelo Cherto, com o apoio da ABF. é uma série de indicadores que auxiliam o franqueado e franqueador a entender esses pecados.

Vale a pena acessar o site da ABF para compreender melhor esse processo informativo.

Acesse http://www.portaldofranchising.com.br

Expo Franchising 2012

Acontece no Shopping Center Norte, a maior feira de franchising do mundo, que ultrapassa inclusive a feira de Paris. A feira acontece de 13 a 16 de Junho. Visitem a feira, busquem seu negocio, avaliem as oportunidades.

Programa Caminhos de Sucesso

Apresentado por Purcino  – ClicTV – Conteúdo UOL.

Entrevistada da semana: Roberta Cavenaghi – Fisioterapeuta.

O Blog do Purcino vai continuar com sua série de entrevistas com mulheres que, de uma forma ou de outra, conquistaram o seu espaço tanto na vida profissional como na vida pessoal.

Para ser a nossa segunda entrevistada da série convidamos a fisioterapeuta Roberta dos Santos Cavenaghi sócia proprietária do Consultório de Fisioterapia, que nos atendeu em seu consultório de fisioterapia instalado na Av. Angélica 2355, no bairro de Higienópolis em São Paulo, onde se respira saúde e energia, aconchegante, charmoso, tanto para quem procura aos profissionais da clínica para seu tratamento, para um relaxamento, ou para um momento de alívio das tensões do dia a dia.

Desfrute você também das experiências e desta história de vida, uma lição de garra e planejamento, contadas de forma muito especial para nós. Como ela mesma disse, falar da sua história é falar de seu marido Adriano, pois os dois conseguiram tudo juntos. E não fiquem surpresos se no futuro vocês começarem a ver franquias de seu consultório. Isso não foi ela que disse. Sou eu que estrou prevendo.

Vamos lá então:

Blog do Purcino:      Roberta, comente quem é você, qual a especialização que você estudou e o que você fez  antes de começar a sua história de sucesso no mundo da fisioterapia?

Roberta:        Purcino, tudo começou quando meu pai, aos 32 anos de idade, foi transferido para o Maranhão, onde seria o responsável pela fábrica da Bardella. Infelizmente, em um dia chuvoso meu pai acabou sofrendo um acidente e veio a falecer, deixando minha mãe viúva aos 24 anos e eu com dois anos de idade. Minha mãe decidiu então voltar para São Paulo onde me criou sozinha. Como era professora, resolveu prestar concurso para diretora escolar e passou. Assim, conseguiu pagar meu colégio, que era particular, apesar de que eu sempre tive bolsa de estudo por ser boa aluna, modéstia a parte.

Quando chegou a época de decidir o que fazer de faculdade, fiz no colégio uma monografia sobre o que poderia ser minha futura profissão, e foi ai que tive que decidir entre administração, arquitetura e fisioterapia.

Eu sempre gostei de liderar. Desde pequena eu participava de grupos em que eu era a presidente, a chefe… (risos). Você acredita que eu cheguei a montar clubinhos quando ainda era pequena e eu mesma preparava as carteirinhas, só para ser a presidente do clube… (mais risos).

Quando percebi que administração tinha muita matemática em sua carga horária, desisti, já que essa bendita matemática não era o meu forte.

Pensei em arquitetura, pois eu gostava de desenhar, de pintar (inclusive já fiz oito exposições). Também desisti por causa do excesso de matemática.

Como eu também adorava fazer trabalhos manuais, entre eles, massagens eu resolvi estudar fisioterapia. Ao começar o estudo eu não tinha ideia de que a fisioterapia abrangia tantos campos na área da saúde.

Blog do Purcino:      Eu conheci você quando ainda era uma estudante universitária. Depois, perdemos o contato devido minha residência no exterior. Conta um pouco sua história na faculdade, estágios, momentos marcantes da sua época de estudante.

Roberta:        Quando prestei vestibular para a faculdade eu passei em uma publica que ficava em Ribeirão Preto, e em outras particulares. Decidi por me matricular na UNICID ( Universidade Cidade de São Paulo) por ser a de melhor qualidade e reconhecimento no campo da fisioterapia apesar de ser uma faculdade de dedicação integral. Além disso, custava muito caro.

Como eu comentei anteriormente, eu sempre gostei de liderar pessoas. Foi na faculdade que eu comecei a me envolver na política estudantil sendo representante de sala, (e não pagava a Xerox que eram muitas por dia… risos), entrei para o CA (Centro  Acadêmico), onde comecei  ter  acesso a muitos problemas da faculdade, e depois nos fóruns estudantis (como  representante da fisioterapia para expor os problemas da faculdade para a Universidade). Por fim ingressei no DCE ( Diretório Central  Estudantil) que me dava uma bolsa de 50% no curso. Com isso, o período  que já era mais do que integral, pois eu chegava as 7H30 e saía as 22H00. 

Foi assim até conhecer o Adriano (hoje meu marido) que na faculdade dividíamos as funções entre os vários cargos acadêmicos.

Quando acabei o curso, por ter ajudado e promovido muitos congressos e simpósios na faculdade, mantive muitos contatos com fisioterapeutas formados que me ajudaram quando sai da faculdade, tendo recebido uma proposta de emprego para trabalhar no dia seguinte de minha formatura.

Aceitei! Eu trabalhava das 7H ás 10H em uma empresa e das 14H ás 22H em uma piscina. Ás sextas eu saia antes para ir fazer a minha pós em ortopedia esportiva e geriatria. Depois de um ano e meio deixamos o emprego na piscina, pois não queríamos subestimar o nosso conhecimento e nos entregar ao sistema de convênios.

Fomos para uma clínica particular de uma fisioterapeuta conhecida, que me incentivou a fazer um curso de Pilates. Para isso pedimos um empréstimo o qual foi pago em 10  vezes. E começamos a trabalhar com essa técnica que é muito bem conceituada cuja aplicação pode ser feita para tratar diversas patologias.

Como não gosto de ficar parada, também me aprimorei em fisioterapia dermato- funcional mais conhecida como estética.

Acho que o fato de sempre estar envolvida em tudo dentro  da faculdade, e desde de cedo ter muita responsabilidade, me fez ter mais coragem de enfrentar um negócio, ao  invés de trabalhar para alguém. Já sabia fazer, não precisava de ninguém para me ensinar.

Blog do Purcino:      Quando surgiu a decisão de montar uma clínica de fisioterapia?

Roberta:        Não tenho uma clinica, tenho um consultório, ou seja, sou empreendedora pessoa física. Após estudar muito toda nossa tributação decidi pagar mais imposto por recibo e evitar toda tributação de pessoa jurídica.

Eu e meu noivo na época, o Adriano, tomamos então a decisão de abrir o nosso negócio, pois percebemos que poderíamos ganhar mais como empreendedores do que como empregados em outras clínicas.

Algo que me ajudou muito no início foi o fato de que eu trabalhava em uma empresa muito grande, tinha contato com várias pessoas e pude fazer uma boa promoção de meu trabalho quando cheguei ao ponto em que eu estava perdendo paciente por não ter um espaço físico onde atender a todos.

Foi ai que eu e meu namorado começamos a procurar um local e achamos o consultório em que estamos instalados até hoje.

Ao longo de três anos, fomos comprando alguns materias de fisioterapia, aparelhos, bola, elásticos. Agora, muita coisa que temos em nosso consultório foi  doado  por pacientes que gostavam do nosso trabalho. Ganhamos um computador usado, persianas de um fabricante cliente nosso, as divisórias de outro, mesas e cadeiras de outro e quando vimos já tínhamos um consultório modesto montado sem termos feito nenhuma dívida. A cada ano fomos crescendo um pouquinho, comprando mais coisas.

Hoje temos dois andares, e continuamos crescendo. Já estamos pensando em ampliar e ter o terceiro andar também.

Blog do Purcino:      Por que você decidiu transformar-se em uma empresária da saúde e não buscar um emprego na área? Não teria sido mais fácil o segundo caminho?

Roberta:        Quando vi todas as oportunidades que deixávamos passar por trabalharmos para outras pessoas nós montamos o nosso espaço. Trabalhar para os outros não nos bastava, seja pela mesmice e, principalmente, pela falta de desafios. Porém essa experiência foi importante para aprender como dirigir o nosso espaço.

Como eu sempre cuidei das finanças do negócio, depois de ler muito livros de emprendedorismo, aprendi que temos que fazer o dinheiro trabalhar para nós.

Neste momento, como boa autodidata que também sou, percebi que poderia ganhar mais visibilidade não só com a fisioterapia, mas também com o aluguel de salas para os profissionais da área da saúde.

Blog do Purcino:      Conta um pouco deste inicio de trabalho na sua clínica.

Roberta:        No começo eu e meu namorado fazíamos tudo.  A divulgação, a limpeza, o atendimento, os consertos, os improvisos.

Dividimos por muito tempo essas tarefas de administração, serviços gerais, mensageria com o atendimento aos clientes. Nossa entrega e dedicação mostrou que os clientes percebiam as atitudes e o crescimento nos atendimentos foi aumentando. Aos poucos percebi que não tínhamos mais horários para atender nossos pacientes.

Comecei então a chamar meus amigos de faculdade para trabalhar conosco. Hoje temos dez colegas fisioterapeutas, uma nutricionista, uma psicóloga, além de uma secretária e a nossa faxineira. Hoje tenho uma pessoa para cada área e conheço o procedimento de tudo pois quem fazia todas estas tarefas antes era eu.

Blog do Purcino:      Você tem uma equipe médica, ou clínica, e deve utilizar algum modelo de gestão de sua equipe. Fale um pouco a respeito.

Roberta:        Como sou apenas uma pessoa, e não posso cuidar de tudo, quando encaminho pacientes para os profissionais que trabalham comigo, cada um fica responsável por aquele paciente, apenas me reportando, quando necessário, algum assunto referente ao tratamento do paciente. Os detalhes administrativos, esses sim, são passados para mim. O Adriano (agora meu marido) cuida da parte burocrática do consultório e eu fiquei responsável pela administração financeira.

Estamos desenvolvendo um programa que nos ajudará a tomar conta de tudo, atendimentos mensais, número de pacientes, fichas de clientes, vida clínica, situação financeira, etc. e etc.

Quanto ao atendimento, como trabalhamos com profissionais de outras área da saúde, nós acreditamos em um trabalho conjunto. Muitas vezes o acompanhamento psicológico e o nutricional, por exemplo, é essencial para obter um bom resultado no tratamento.

Para que todos trabalhem com essa mesma linha de raciocínio, nós realizamos reuniões periódicas para comentar os casos mais importantes e os resultados obtidos.

Blog do Purcino:      Você tem tido dificuldades para gerenciar sua equipe pelo fato de ser uma mulher e, além disso, jovem?

Roberta:        Não, pois apesar de todas termos a mesma idade e tido estudado juntas, aproveito o meu conhecimento gerencial. Sei analisar muito bem o momento de delegar funções, e a quem delegar. Agora, tem muita coisa na administração do consultório que eu deixo para o Adriano fazer já que ele tem uma excelente capacidade de agir sempre com a razão.

Blog do Purcino:      O que você faz para estar sempre antenada com as novidades do mercado da fisioterapia. Como você atualiza e mantém seu consultório Up to Date com essas novidades?

Roberta:        A primeira coisa é não ter preguiça, estar ligada em tudo que acontece ao seu redor e tirar proveito de todas as novidades e tecnologias.

Por isso leio muito artigo científico que é como se fosse o Twitter da área da saúde. Faço cursos, mas para isso  investigo bem a vida dos palestrantes para ver  o  que eles podem me trazer  de novidade. Assistir a estas palestras nos mostra os pequenos detalhes que farão uma grande diferença no futuro do nosso negócio.

Manter contato com outros profissionais ajuda-nos a saber o que acontece em todas as áreas da fisioterapia e manter a retroalimentação ativa.

Blog do Purcino:      E como é o relacionamento de trabalho com o seu sócio e esposo. Você o deixa levar trabalho para casa ou é você quem leva o trabalho para casa?

Roberta:        Isso é um enigma pois nós nos damos muito bem, principalmente por sabermos respeitar o limite  de cada um. Ele sabe o quanto eu sou mandona e eu sei o quanto ele pode ser mandado… risos. Eu penso, ele pensa, conversamos, e se estamos de acordo, ele executa… risos. Se um cansa o outro  continua, e  é assim que formamos uma dupla perfeita que não deixa as engrenagens parar nunca, nem no negócio nem em casa.

Quanto ao trabalho em casa, isso raramente acontece, quando lemos algo técnico em casa é por lazer e não  por dever.

Blog do Purcino:      Como vocês fazem para dividir as responsabilidades na clínica? Quem cuida do que? Existe muita interferência? De quem? (risos)

Roberta:        Sabemos dividir tudo conforme as habilidades de cada um sou mais organizada com as finanças, apesar de não gostar tanto de matemática. Por isso fico com a responsabilidade dos pagamentos e dos investimentos.

O Adriano escreve melhor. Ele pensa mais com a razão quando falamos em relacionamento com a equipe. Por isso é que a relação profissional com os funcionários fica com ele. Ele não deixa a emoção interferir em suas decisões. Mas ás vezes eu me meto no RH também… risos.

Blog do Purcino:      Quais são os seus planos de curto, médio e longo prazo para o  consultório?

Roberta:        Nossos planos em curto prazo são a compra de novos equipamentos para melhorar e potencializar os resultados dos tratamentos e também melhorar a renda por hora das terapias. (entendam renda melhor no sentido de mais resultado com menos hora de tratamento)

Em médio prazo, organizar cursos para gestantes e idósos, as duas pontas do crescimento humano que não param de crescer.

Em longo prazo ( mas nem tão  longo  assim), abrir umas filias e ampliar o  consultório  na Av. Angélica com mais um andar.

Blog do Purcino:      E o mercado da melhor idade? Você tem muitos pacientes ou clientes neste segmento? É necessária uma atenção especial? Tem que ter profissional especializado?

Roberta:        O mercado da melhor idade é muito interessante, pois são pessoas que muitas vezes precisam de muita atenção, muito cuidado e não sabem aonde ir. Muitas vezes acabam se anulando por falta do uso de suas potencialidades.

A atenção especial com esse público baseia-se não somente na velocidade das coisas. Os idosos gostam de pessoas cultas, calmas, doces, e que entendam o momento de vida deles.

Blog do Purcino:      E o horário de trabalho?

Roberta:        Isso ainda é um problema, ainda trabalhamos das 7H às 22H, mas agora só de terça e quinta. Nos outros dias das 9H30 às 22H. E de sábado das 8H ás 13H.

Estamos também estruturando nosso quadro de colaboradores para trabalhar com um horário mais segmentado, dando a oportunidade a todos de poder cuidar também da própria saúde.

Blog do Purcino:      Dá tempo para curtir um esporte, para cuidar da mente e do corpo como se deve? O que você faz nos seus momentos de descanso?

Roberta:        Dá sim, treino boxe três vezes por semana por uma hora e meia. Pinto aos domingos e encontro os amigos no fim de semana… tudo  normal!

Blog do Purcino:      Você está lendo algum livro? Qual? Por que este autor?

Roberta:        No momento estou lendo um livro de PNL. Vejo como é importante saber compreender a expressão física ou verbal das pessoas. Como elas se expressam, como são as suas reações e aprendo também como administrar o relacionamento em diversas situações, usando essa capacidade de leitura para convencer as pessoas em determinada situações, principalmente na compreensão da necessidade do cumprimento total do seu tratamento.

.Blog do Purcino:     Eu sempre faço essa pergunta. O que você faz para recarregar as baterias?

Roberta:        Sou espirita, mas costumo ir á vários templos, como igrejas budistas, messiânicas, umbanda e até mesmo na evangélica. Todas vieram de um mesmo livro, a bíblia, por isso volto recarregada de qualquer uma delas. Eu acredito que a força de muitas pessoas pensando junto por um mesmo fim recarrega qualquer um.

Blog do Purcino:      Quando está programando a chegada do seu ou da sua herdeira?

Roberta:        Nós mulheres temos tempo útil, por isso não podemos demorar muito e deixar para ter filhos depois dos 35 anos de idade. Não quero demorar muito, mas ainda preciso ajeitar algumas coisinhas, talvez mais uns dois anos…

Blog do Purcino:      Deixe uma mensagem para as mulheres que estão formando-se na faculdade, principalmente as da sua área de atuação.

Roberta:        A primeira coisa é saber se realmente gosta de ajudar o próximo, pois na nossa profissão isso é fundamental. Segundo, deixe sua habilidade aflorar na sua área que os resultados virão com certeza e, terceiro, não seja relapso e não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.

Blog do Purcino:      Uma frase para finalizar.

Roberta:        Ordem e progresso!  Imagine! Organize! Realize!

Entrevista realizada no Consultório de fisioterapia na Av. Angélica, por José Antonio Purcino.

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